sábado, 19 de fevereiro de 2011

Chegou a hora!

Acordei às 6h da manhã do dia 16 de novembro de 2009. Nem sei quanto tempo consegui descansar, mas eu me sentia tão bem! Parecia que tinha dormido uma noite inteira. Minha médica ligou e pediu que eu me preparasse para ir à sala de cirurgia, pois ela já estava no hospital arrumando tudo. Fabio acordou cedo também e ficamos os dois muito ansiosos.
Tomei um banho com bastante calma, tirei toda a roupa e os acessórios e coloquei a roupinha do hospital. Fiquei no aguardo da obstetra e do maqueiro virem me buscar para seguirmos até a sala onde eu receberia, momentos mais tarde, meu pequeno rei. É incrível como o tempo dessa espera é longo...rs. A cada movimento que a porta do quarto fazia, meu coração saltava dentro do peito e esses movimentos eram constantes, porque as visitas começavam a chegar: vovós, vovô, tios, primos. Que ansiedade!
Até que minutos depois a médica entrou no quarto e disse: “Vamos, Márcia, chegou a hora!” E assim seguimos, eu, Fabio e o barrigão para a sala de cirurgia, deixando vários coraçõezinhos ansiosos, no quarto, esperando notícias.
Fiquei ainda alguns minutos na maca, porque a pediatra queria conversar comigo e saber como tinha sido a minha gestação, porque eu não a conhecia. Ela foi levada pela minha obstetra, fazia parte da sua equipe. Aproveito o ensejo para dar uma dica às futuras mamães: escolham seus pediatras antes do parto e conversem bastante com eles. Disso eu me arrependo até hoje! Mas eu era mamãe de primeira viagem, não sabia disso e não tive ninguém para me orientar. Enfim, seguimos para o tão esperado momento!
Quando entrei na sala, vi a equipe toda reunida, ai que medo! O anestesista, um rapaz muito tranqüilo, simpático e gentil, veio logo conversar comigo e pedir para que eu ficasse naquela posição (vocês devem saber qual é, né?). Segui suas orientações e ele começou a aplicação. Dizia o tempo todo para eu ficar calma que não sentiria nada. E, de fato, nada senti, foi uma anestesia muito bem aplicada! A minha preocupação agora era que eu ainda sentia minhas pernas e com aquele lençol na frente não dava para saber o que eles estavam fazendo. Que sensação horrível!
Eu dizia: “Eu ainda sinto hein! Vocês não começaram não né?”
E a obstetra dizia: “Fica tranqüila, você está sentindo isso?”
Eu disse: “Agora não. Tudo bem!”
Então o Fabio entrou na sala e veio ficar ao meu lado. Ufa, agora eu estava mais tranquila! Mas foi por pouco tempo que ele ficou ali, quis logo assistir à operação. Curioso esse marido!

            Começou a cirurgia! Eu estava ótima, só uma falta de ar de vez em quando, mas tudo normal, puro nervosismo. A todo o momento eu perguntava: “E aí, é cabeludo? Conta os dedinhos dele, amor? Parece com você? É moreno?”. Eu não parava de falar, queria olhar logo aquele rostinho. Até que depois de muita força e falação eu escutei aquele chorinho delicioso! SENSAÇÃO INDESCRITÍVEL!!! Papai chora, mamãe chora, uma emoção danada!

Márcia fazendo joinha com o dedão!

Márcia, Fabio e Arthur

Márcia constatando a semelhança com o pai!...rs...


            A pediatra aspirou sua secreção, limpou-o um pouco e me entregou para eu dar um beijinho. Coisa mais linda do mundo. No teste de apgar (http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Apgar) ganhou nota 9  e 10. Tudo normal, graças a Deus! Então ele seguiu para o berçário. E eu acabando de ser costurada para voltar ao quarto. Que dolorosa separação!

Ele ainda ficou um pouco na incubadora (2 horas), como acontece com os bebês que nascem de cesárea, para adaptação da temperatura e da respiração. Ainda nesse tempo que ele estava lá, a pediatra foi aspirá-lo novamente e nos disse que ele estava com muita secreção. Até aí tudo bem, mas o Fabio já estava danado com a mulher (pediatra) porque não gostou da atitude dela ainda na sala de cirurgia. Ele estava filmando os procedimentos com o Arthur e ela disse que esse tipo de coisa não se deve filmar. O porquê nós não sabemos até hoje! Mistério!

Arthur

Arthur na incubadora


           Enquanto isso eu chegava ao quarto, que alegria! Todas as pessoas que amo estavam lá para doar um pouco de carinho e dizer que meu filho era lindo e, infelizmente (brincadeirinha), era a cara do pai e do avô.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Momentos antes da chegada!

Parei de trabalhar no dia 30 de outubro de 2009 e o meu parto estava previsto para até o dia 20 de novembro.  Esperamos alguns dias, mas nosso pequeno estava muito preguiçoso e a obstetra resolveu marcar uma cesárea, porque talvez não tivesse vaga no hospital quando minha bolsa estourasse. A cirurgia foi marcada para o dia 16 de novembro. Eu queria um parto normal, mas minha médica, como muitas outras, preferiu marcá-lo, talvez por comodismo, sei lá. Realmente não entendo os obstetras de hoje em dia!
Nesse mesmo dia estávamos recebendo mais um pequeno nesse mundo, o Davi, filho do Bruno e da Janaína, amigos queridos! Saí do trabalho e fui direto para a maternidade, esperá-lo na janela...rs...como esperei muitos outros e sempre ansiosa por estar do outro lado! Cada chegada uma emoção diferente e todas maravilhosas!
O ano de 2009 foi recheado de presentes, os quais não posso deixar de citar:

·         Miguel, loirinho lindo da titia, chegou em julho para os papais Patrícia e João;
·         Thiago, meu afilhado lindo e esperto, chegou em agosto para os papais Andréa e Marcos;
·         Mariana, minha afilhada linda, a princesinha, chegou em setembro para os papais Carol e Márcio;
·         Davi, mencionado acima, outro gostoso, tem o sorriso mais lindo do mundo, chegou em outubro para os papais Janaína e Bruno;
·         Pedro e Laura, fofuras, chegaram em novembro para os papais Sula e Rogério e Raquel e Márcio. O Pedro nasceu no mesmo dia do Arthur! Imaginem que dia corrido...rs...todos querendo notícias!

Depois da chegada do Davi, confesso que fiquei mais nervosa, porque sabia que seria a próxima. Todas as informações que eu conseguia com as mamães anteriores não eram suficientes para espantar a ansiedade e o nervosismo.
No dia 15 de novembro minha médica pediu que eu me internasse, porque ela havia marcado bem cedo e isso pouparia qualquer desgaste com trânsito ou outro imprevisto. Acabei de arrumar as coisas, descansamos um pouco e resolvemos sair para o hospital. Paramos no mercado para comprar uns biscoitinhos para levar, não sabíamos se teríamos algo no hospital, já era bem tarde, umas 11 horas da noite.
Quando colocamos o pé na rua, na saída do mercado, começou a cair uma chuva muito forte. Cheguei a ficar com medo, pois ainda teríamos um longo caminho até o hospital.
Bom, seguimos na chuva forte, pela linha amarela, até chegarmos ao hospital. Além do nervosismo e da ansiedade, precisei segurar o medo da chuva também!

Chegamos e fomos direto à recepção pedir a internação, mas como todo plano de saúde é uma complicação, ainda esperei um tempão para liberarem e eu poder me arrumar no quarto.
Cheguei no quarto! Caramba que quarto grande, confortável, tudo que eu queria! Arrumei as minhas coisas, as coisinhas do Arthur e fui deitar.

Mamãe Márcia no quarto do hospital

Papai Fabio, mamãe Márcia e o barrigão


Como é possível dormir quando se espera um bebê???? Ainda procuro essa resposta.
Eu não conseguia relaxar. Tentava focar meu pensamento em outra coisa, mas era impossível. Estava muito ansiosa para ter meu pequenino nos baços!  

Enfim, dormi.
Que horas? Nem sei responder!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nosso Cantinho!

No mês de agosto de 2009 encontramos nosso cantinho! Eu já estava com 6 meses de gravidez e ansiosa para arrumar o quartinho do meu pequenino. Fizemos um chá de panela, pois tínhamos poucas coisas para começar a vida e com a ajuda de todos os amigos, aos quais sou imensamente grata, conseguimos arrumar a casa com tudo que precisávamos.
Márcia e Fabio
Brinde aos noivos!




Família e amigos reunidos para o chá de panela e aniversário do papai Fabio.
Com a casa arrumada, agora era preciso arrumar o quarto do nosso bebê.
O papai Fabio pintou a parede de azul, a vovó Solange nos presenteou com todos os móveis do quarto, o vovô Alexandre ajudou a colocar as prateleiras, a titia Taty pintou os aviõezinhos decorativos e o kit higiene  e o quartinho estava cheio de presentes dos amigos; roupas, brinquedos, bichinhos de pelúcia....tudo lindo!



Pronto, estava tudo arrumado para a chegada do príncipe. Brinquedos e roupas nos lugares, móveis brancos e lindos como queria a mamãe e um pouco de nervosismo e ansiedade, pois o dia da chegada do anjinho estava se aproximando.
Aproveito para agradecer mais uma vez aos amigos maravilhosos que temos e a essa família linda que sempre esteve ao nosso lado, nos ajudando e incentivando em todos os momentos.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Pré-Natal!

Agora era preciso pensar no que fazer, porque não morávamos juntos e nem planejávamos ter um filho, apesar de tanto tempo de relacionamento. Não posso negar que a minha vontade sempre foi grande, mas como sou muito sensata, paciente e planejadora, queria fazer as coisas no tempo certo, tudo arrumadinho.  Porém, num ano no qual “todos” os amigos estavam “parindo”, conosco não seria diferente e fomos acrescentados a essa lista...rs. Confesso que fiquei radiante, muito feliz!  Grávida do meu primeiro filho e com todas as amigas grávidas também! Era muito engraçado quando saíamos juntas...muito bom mesmo!
Após encontrar uma boa obstetra, comecei o meu pré-natal. No início da minha gestação, eu tive um pequeno deslocamento de saco gestacional, mas ficou tudo bem. Uma semana de descanso e tudo normal. Não tive mais nenhum problema.
Mês a mês eu estava lá, na sala da médica, ouvindo o coraçãozinho do meu pequeno, vendo os vídeos dele, levando os resultados dos exames de sangue e urina e muita bronca por estar engordando demais! Bom, só comecei a engordar mesmo depois do quinto mês, no total foram 26 quilinhos adquiridos..rs.
Todos os meus exames foram normais, exceto um, o tal do teste triplo ou risco fetal (http://www.dle.com.br/produtos/produtos_RiscoFetal.htm). Não é comum o obstetra pedir esse exame, mas a minha pediu e eu fiz. Ele deu um risco “discretamente aumentado” para a trissomia do cromossomo 18 (síndrome de Edwards). Esse resultado nunca me afetou porque eu tinha certeza, dentro do meu coraçãozinho de mãe, que essa probabilidade era tão pequena que nem existia. Eu tinha certeza que meu filho estava bem! Mas, como médico é preocupado com todos os riscos, a minha não podia ser diferente e perguntou se eu queria fazer a amniocentese . Ela me explicou os procedimentos e eu disse que não, que isso não mudaria nada. E não fiz!
Minha gestação foi ótima! Tirando o peso nas pernas e a falta de ar constante, correu tudo bem.
Agora precisávamos arrumar um lugar para morar e criar nosso pequenino.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Oba...É positivo!

Oi amigos, aqui começo a contar toda a minha história, pré e pós maternidade.
Vamos voltar um pouco no tempo...
No mês de fevereiro de 2009, perdi uma pessoa muito especial, meu sogro Renato, que sempre teve e ainda tem um lugar especial no meu coração. Era uma pessoa maravilhosa, com um coração enorme e que nos deixou cedo demais e com muitas saudades, mas a vida é assim mesmo...infelizmente nos priva de algumas alegrias, mas sempre compensa com outras, mais cedo ou mais tarde!
Nesse mês eu estava de férias no trabalho e passei todo o tempo na casa do meu amor (não morávamos juntos na época), para ficar um pouco mais perto do sogro e da família e ajudar no que fosse preciso, pois ele estava numa fase muito ruim da sua doença. Era mês de férias, carnaval e festa, inclusive íamos (eu e meu amor) passá-lo no nordeste, mas como o Renato estava muito doente e passou várias semanas internado no CTI, optamos por ficar em casa para cuidar da família e estar junto dele nesses momentos difíceis.
Infelizmente no dia 17 de fevereiro perdemos essa pessoa linda que nos enchia de alegrias. Ficamos fortes na medida do possível, porque assim ele queria.
No início de março, minha sogra resolveu voltar com a sua filha para os Estados Unidos (ela morava lá) para descansar e espairecer um pouco e tentar renovar suas energias que já estavam esgotadas diante dos fatos. Eu voltei ao trabalho e a vida continuou....
Uma semana depois...quando tudo estava aparentemente calmo, percebi que minha menstruação estava atrasada alguns dias e resolvi comprar um teste de farmácia no shopping que eu trabalhava. Comprei, fui direto ao banheiro e fiz...deu positivo. Corri para a loja e contei para as meninas que ficaram muito felizes. Disse a elas para esperarem que ia fazer o exame de sangue, porque não confiava naquele. No dia seguinte fui ao laboratório e fiz, a ansiedade foi grande durante todo o dia, porque o resultado só saia a noite. Quando deu o horário liguei para o laboratório e adivinhem....positivo mais uma vez!!! Bom, então era verdade eu estava grávida...que alegria! Liguei para o meu amor e contei logo, sem rodeios, ele ficou um pouco chocado, mas muito feliz também! Disse para ele ligar para a mãe dele, que ainda estava viajando e contar...assim ele fez e foi a maior alegria do outro lado da linha também.
Por isso volto a repetir que mais cedo ou mais tarde a felicidade retorna quando nos sentimos tão tristes.
Esse foi o dia do positivo!...rs....